sábado, 11 de setembro de 2010

Tu já amou algo ?

Raça, atitude, palavras de muita força, e hoje quero contar uma história de um “timeco” aqui da minha rua e isso ninguém me contou eu vi com esses olhos que a terra ainda a de comer.
A uns 20 anos uns meninos na frente da minha residência tinham um time, só que tadinhos eles eram o saco da pancada da “gurizada” dos outros bairros, mas eles tinham sentimento né , ou seja, aquilo era tudo pra eles. Um dia apareceu do nada no meu bairro o time sensação da cidade, o nome era algo do tipo “Os exterminadores”, o nome já dava medo, vai dize ?
Eles procuravam os meninos da minha rua, eles queriam um legítimo saco de pancadas para confirmar a sua superioridade e afundar mais eles. Lembro-me que o capitão dos Exterminadores trouxe a bola de baixo do braço e ficou esperando que os “Meninos da vila” aparecessem e eles apareceram, ficou tudo resolvido, uma partida 20 minutos ou 5 gols, as escalações : Exterminadores: 
1- Lucas; goleiro , 2 – Augusto; meio-campo, 3 – Pedro Lucas; meio-campo, 4 – Gustavo; meio-campo e 5 – Renato; atacante, os Meninos, entraram no campo de barro com: 
1- Formiga; goleiro , 2 – João Paulo; zagueiro, 3 – Ronaldo; meio-campo, 4 – Batata; meio-campo e 5 – Paulinho; atacante.
Com essas formações toda a galera que se juntou pra assistir, já previa o resultado, até mesmo os velinhos que moravam por ali, apostaram 20 Cruzeiros nos Exterminadores.
Início de jogo, a bola saiu com os Meninos, eles tocavam as bola, tocavam e nada, parecia que os Exterminadores, estavam dando tempo pra eles pelo menos tocarem na bola , foi quando de repente Gustavo pegou a bola cortou no meio de dois deu um toque pro lado e Renato só teve o trabalho de tocar pro fundo do gol do goleiro Formiga, bom tudo parecia então finalmente no seu lugar, isto era mais ou menos uns 3 minutos de jogo, logo aos 6 saio o segundo; o terceiro veio com mais uns minutos de jogo e quarto parecia mesmo uma pintura.
4 x 0, era o resultado parcial do jogo e eram 17 minutos de jogo, os Meninos da Vila, tocaram a bola na saída de campo Paulinho recuou a bola até o goleiro Formiga, alguns outros toques de bola até Batata chutar e o goleiro Lucas tocar pra escanteio, foi quando do meio do público alguém gritou (esse gritou mudou o jogo, o resultado eu já conto, foi 4 x 1 pros Exterminadores, mas vou contar o que mudou e o sentimento que tomou aquele povo) “TIME VAI PRA ÁREA, A GENTE TÁ COM VOCÊS” era a mãe de Formiga o goleiro de 1,20m de altura, ele de cara reconheceu a voz da sua mãe e o uma lágrima escorreu dos seus olhos e sem titubear ele subiu pra área, João Paulo cobrou o escanteio, Paulinho escorou de cabeça e no segundo pau Formiga completou pra dentro do gol.
Aquilo era a humilhação total para os Exterminadores, que encerram a partida por ali mesmo e foram embora, mas a festa no meio de campo era enorme a mãe dos meninos entraram em campo, os outros meninos da vila também invadiram e a comemoração foi total, todos gritavam e parecia a comemoração de um título, me lembrei da época que Pelé jogava e todo mundo adorava e as pessoas choravam de emoção, viam raça em campo e sentimento  na cara dos jogadores.
Como eu sei isso ?
Meu nome é Ronaldo, eu era o pior meio-campo daquele time e eu assumo isso, mas sei que aquilo foi um título pra gente!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pouco tempo!

Personagem célebre da literatura brasileira, Brás Cubas, morreu e contou toda a sua história em um livro enorme, mas de muita qualidade (é Machado de Assis né galera!). Mas, eu tenho uma história nova pra contar hoje e que acredito que veio primeiro que essa. A mais ou menos uns 10 anos atrás, não me lembro aonde um garoto de sete anos contou-me em um segundo toda a sua vida, até hoje não tenho certeza se isso foi real ou se foi um sonho.


Ele começou me dizendo assim:

- Sete anos, são exatamente 2520 dias, 60480 horas e será que eu já vivi tudo que esse mundo tem pra me dar ?

E eu perguntei:

- Amigo, o que mais você queria ter feito ?

Naquele instante parecia que eu tinha vista como em um filme passado na velocidade máxima tudo que ele tinha feito, o que ele tinha vivido e ao final daquele rápido filme a pergunta veio como uma bomba pra mim – Você ainda acha que foi pouco?

Foi essa a última a coisa que ele me disse e não sabia o que dizer, eu estava paralisado, naquela época eu tinha pouco mais de uns 50 anos e não tinha vivido a metade do que aquele menino. Mas o que será que ele viveu que eu com 50 anos, com toda essa minha experiência ainda não conhecia?

Hoje eu acho que descobri!

Lembro-me que em uma cena da sua vida, ele aprendia a andar de bicicleta, parecia-me que ele tinha uns 5 ou 6 anos de idade e seu pai todo preocupado não segurava o banco da bicicleta e o menino mesmo assim sorria e gritava: Eu consegui!, Eu consegui!

O seu pai debulhava-se em lágrimas e foi isso que eu descobri, o amor, uma emoção que não tem explicação, que não tem preço, só ele é capaz de nos tornar super protetores, chorões, bobões e muitas vezes toscos.

E hoje que tenho 60 anos também estou morrendo e queria falar pra vocês uma das coisas mais lindas do mundo, que levei a minha vida toda pra descobrir e quando descobri já era tarde, pois eu estou morrendo, por isso digo, vivam intensamente, amem, digam eu te amo pra alguém ou tenham atos de amor!



Isso foi o que um amigo me contou!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Como podia saber!

                São quatro milhões de habitantes, mais ou menos, umas 4 ou 5 pessoas por metro quadrado e tantas histórias, momentos (até singelos) que acontecem em Porto Alegre e a gente dificilmente sabe que algumas horas, com uns amigos ou com a família se tornam tão divertidas.

             Aqui no Sul tomar chimarrão nem pode se considerar um costume ou uma tradição, mas sim uma obrigação, mas não aquela que te impõem e tu nem tem direito de recusar, ele é como uma confraternização, ele funciona como as palavras, mas sem dizer nada, só que não é de chimarrão nem de tradição que vou falar. Vou falar de uma tarde ou quase mesmo uma noite, onde estavam reunidos alguns poucos e bons amigos vindos de outra cidade e eu no meio deles, só que isso nem era assim tão diferente. Afinal quem tem amigos esta sempre perto deles e muitas vezes nem se lembram que aquilo é realmente importante (essa história não é sobre amigos). É sobre um lugar que dizem ser comum, onde uns emos bebem um vinho depois das seis horas da tarde, onde umas famílias procuram as tardes quentes para se libertarem dos seus filhos, mas nunca se fala do EU, do ser que mesmo acompanhado, percebeu a magnitude de um lugar tão cheio de verde, tão cheio de gente, tão cheio de tudo.

              E a questão é, será que a gente se preocupa com a gente, ou dá mais importância pra alegria dos outros, “Ser egoísta ou não ser? Eis a questão.”

            Então queria dizer no fim desta postagem, que o mundo é bem verdade, é feito de muitas pessoas e todas elas com suas peculiaridades formam isso que a gente chama de sociedade, só que cada dia que passa, todos perdem um pouco do prazer próprio de viver.

Isso foi o que um amigo me contou!





Um abraço a todos e amanhã, venho com uma nova “história”, sobre o nosso mundo!



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

AMANHÃ!

Galera que esta na expectativa, quero dizer que amanhã a PRIMEIRA de muitas histórias, estará pintando, o horário e o tema ainda são um segredo guardado a sete chaves, mas posso garantir que tenho ideias e o pessoal ajudou já, dando algumas dicas e até alfinetadas!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Abriu

Bom, eu sei que eram 50 seguidores e tudo mais, mas eu não aguento mais esperar, estou louco para começar a escrever e contar as historinhas de vocês, então esta oficialmente aberto pra o pessoal postar as suas ideiais nos comentários no blog ou no TWITTER (preferencialmente no twitter), e mais tardar na quinta a primeira história sera postada!
IMPORTANTE!
Quando chegarmos aos 116 seguidores no twitter eu irei postar um video aqui no blog ou no YouTube agradeçendo a vocês por estarem me seguindo!